
Substâncias agravam o olho seco, muito comum entre portadores de Ceratocone.
O guia 2019 da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (INTERFARMA) mostra que 1 em cada 3 dos vinte medicamentos mais vendidos no Brasil em 2018 podem piorar o Ceratocone, doença degenerativa responsável por 70% dos transplantes no Brasil que faz a córnea se deslocar para a frente e tomar a forma de um cone.
O agravamento do Ceratocone acontece porque os remédios no topo do ranking de vendas no país contêm substâncias que agravam o olho seco: a dipirona, analgésico para aliviar dores, e o losartan, cujo princípio ativo faz parte de muitas fórmulas utilizadas no tratamento de hipertensão arterial entre outras alterações cardíacas. Além dessas duas classes de medicamento, antialérgicos, anticoncepcionais, antidepressivos, tranquilizantes, descongestionantes e os indicados para má digestão também podem desestabilizar a lágrima. Por isso, exigem acompanhamento de perto para evitar complicações na córnea associadas à toxidade dessas substâncias.
Levantamento
Muitos dos portadores de Ceratocone têm olho seco e as alterações na lágrima induzidas por remédios podem afetar todas as camadas da córnea. Os sintomas da síndrome do olho seco são: vermelhidão, ardor, sensação de areia nos olhos e coceira, principal fator de risco relacionado à progressão do ceratocone.
A melhora da lubrificação dos olhos é essencial no tratamento da doença. Nossas dicas são:
- Usar lágrima artificial sem conservante;
- Incluir na dieta alimentos ricos em ômega 3 como sardinha e linhaça;
- Reforçar o consumo de legumes, verduras e frutas ricos em vitamina A e E;
- Beber bastante água, manter os ambientes livres de poeira e umidificados com uma vasilha de água;
- Evitar travesseiros de pena e condicionador de ar.
Crosslink para córneas mais finas
O Crosslinking é a única cirurgia capaz de interromper a progressão do Ceratocone. O procedimento é ambulatorial e associa riboflavina (vitamina B2) e radiação ultravioleta para fortalecer as ligações cruzadas entre as fibras de colágeno da córnea, aumentando a resistência do tecido em até três vezes.
Fonte: Instituto Penido Burnier
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