Dr. Diego Vieira é Especialista em Retina e atua em Lavras, Minas Gerais.
O que é a Exérese de Pterígio?
A Exérese de Pterígio é uma cirurgia que remove o Pterígio, uma membrana semelhante à conjuntiva que cresce no canto interno do olho e é conhecida como “carne crescida”. Nas formas iniciais, é possível tratar o Pterígio apenas com colírios lubrificantes e/ou vasoconstritores para aliviar os sintomas e diminuir a vermelhidão. Mas quando a doença aumenta, o único tratamento possível é a Cirurgia.
Quais são as técnicas para a Exérese de Pterígio?
A Exérese ou Cirurgia de Pterígio é feita com anestesia local, dura cerca de 15 a 30 minutos, e a pessoa vai para casa no mesmo dia com curativo no olho.
Nos primeiros dias, o olho fica vermelho e irritado, mas com o uso dos colírios vai voltando ao normal em alguns dias ou semanas.
Existem várias técnicas para a Exérese de Pterígio. Em todas elas, realiza-se a retirada total do Pterígio. A diferença é o que é colocado no local onde antes havia o Pterígio.
- Na técnica mais simples, não se coloca nada no local;
- Na técnica atual, coloca-se uma parte de conjuntiva retirada de outro local do olho (transplante de conjuntiva).
- Em outra técnica, coloca-se um tecido chamado membrana amniótica (transplante de membrana amniótica) que é um tecido retirado da placenta e processado em laboratório especializado. A colocação desses tecidos ou enxertos visa diminuir a chance do Pterígio voltar ou recidivar.
- Além disso, alguns oftalmologistas utilizam um medicamento chamado mitomicina C para diminuir a chance do Pterígio voltar. Ele pode ser usado durante a cirurgia ou no pós operatório na forma de colírio.
O Pterígio pode voltar depois de retirado em Cirurgia?
Sim, o Pterígio pode voltar mesmo após a Cirurgia. Por isso é importante a realização dessas técnicas mais modernas, com a colocação de membrana amniótica ou o transplante conjuntival. O uso da mitomicina C também diminui a chance do pterígio voltar após a Cirurgia.
Por que uma pessoa desenvolve o Pterígio?
O Pterígio pode acometer tanto um como ambos os olhos. Trata-se de uma doença não-contagiosa, que tem como causas principais a exposição excessiva à radiação ultravioleta, proveniente da luz do sol e a permanência prolongada em ambientes empoeirados. Por isso, trabalhadores rurais, motoristas e soldadores estão entre os profissionais mais acometidos pelo Pterígio. Sua origem também está relacionada com a hereditariedade, ou seja, familiares de portadores de Pterígio tem uma maior chance de desenvolverem a doença.
Qual a evolução do Pterígio?
No começo, o Pterígio é pequeno e só é possível ver pequenos vasos sanguíneos na região próxima a córnea. Com o tempo, o Pterígio fica mais grosso, os vasos mais calibrosos e o tecido avança sobre a córnea, em direção ao centro, a pupila (aquela “bolinha” preta no centro do olho). Quando o Pterígio atinge ou chega perto da pupila ele já começa a afetar a visão. Essa evolução é lenta, ao longo de meses ou anos.
Quais são os sintomas do Pterígio?
Os principais sintomas de uma pessoa com Pterígio são: a fotofobia, que é o aumento da sensibilidade a luz, dor e irritação ocular, comumente caracterizada por vermelhidão e sensação de areia nos olhos, que pode acontecer no final do dia ou quando a pessoa está exposta ao vento e em ambientes com ar condicionado. Além destes sintomas, o crescimento do Pterígio sobre a córnea pode causar a diminuição da visão, pois gera um problema secundário, o Astigmatismo.
O Pterígio pode prejudicar a visão?
Sim. O Pterígio pode prejudicar a visão de duas formas. A primeira é tracionando a córnea e consequentemente, distorcendo a formação das imagens (causando Astigmatismo). A outra forma é quando ela tampa o eixo visual, isto é, cobre a pupila (também chamada de “menina dos olhos”).
Consultas regulares evitam complicações.
Clínica de Olhos Dr Diego Vieira
Excelência em Oftalmologia
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